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COMBATE À DENGUE: DESAFIO É ELIMINAR RECIPIENTES COM ÁGUA PARADA

Força-tarefa constata que nem todos os moradores de Tenente Portela se deram conta da gravidade da situação e mantém locais propícios para a proliferação do mosquito.


COMBATE À DENGUE: DESAFIO É ELIMINAR RECIPIENTES COM ÁGUA PARADA

Infelizmente uma parcela da população ainda não se deu conta da gravidade da situação provocada pela dengue em Tenente Portela. A constatação pode ser feita em imagens que ilustram esta matéria. Uma realidade vista todos os dias pelos agentes de saúde e de endemias que estão percorrendo a cidade, de casa em casa. Esta força-tarefa, que conta também com servidores da Vigilância Sanitária, tem constatado que, apesar dos reiterados apelos, algumas pessoas mantém ambientes propícios para a proliferação do mosquito transmissor da doença.

 

São caixas d’água, piscinas, tonéis, tanques, baldes, pneus, garrafas, entre outros recipientes, no mais completo abandono, com água acumulada, repleta de larvas e, é claro, enxames de mosquitos. O cenário perfeito para que a dengue siga se alastrando.

 

O fumacê, aplicado em praticamente todo o perímetro urbano, e o inseticida intradomiciliar, que já chegou a centenas de moradias, certamente tem banido mosquitos, porém, o descaso verificado em muitos locais, torna a missão de acabar definitivamente com o vetor da dengue, cada vez mais difícil. “É como secar gelo”, lamenta um dos agentes que integra o grupo responsável pelas visitas domiciliares realizadas diariamente.

 

O grupo tem a coordenação do vice-prefeito, Leônidas Balestrin, e é formado por aproximadamente 30 servidores que se revezam nos dois turnos para chegar ao maior número de casas possíveis. Seis deles, foram capacitados para aplicar o inseticida. Integrantes do Corpo de Bombeiros Voluntários também auxiliam em algumas ações. Todos têm sido verdadeiros soldados nesta guerra contra a dengue. Quando necessário, os agentes literalmente fazem o serviço braçal para eliminar criadouros do mosquito. As caixas d’águas em condições precárias, por exemplo, são esvaziadas na hora. O momento requer esta medida, que somente não ocorre se o morador não consentir. Nestes casos, a Vigilância Sanitária é acionada, e o responsável pode sofrer as sanções legais que preveem, inclusive, a aplicação de multas para quem não sanar as situações que representem risco ou ameaça à saúde pública (Lei Municipal Nº 2.365/ 2016).

 

Em outra frente, servidores da Secretaria de Políticas Estruturante e Zeladoria recolhem diariamente dezenas de cargas de entulhos. O serviço prioriza resíduos que possam armazenar água, como pneus, vasilhames, móveis velhos, garrafas, baldes, entre outros materiais descartados em ruas, passeios públicos e terrenos baldios. Esta coleta precisa ter uma destinação correta e, no caso de Tenente Portela, as cargas são levadas para o Consórcio Intermunicipal de Gestão Multifuncional - CIGRES, em Seberi.

 

Cientificamente é comprovado que as larvas do mosquito da dengue nascem após a fêmea do Aedes aegypti colocar seus ovos em local próximo à água. Quando esses ovos entram em contato com água, em poucos minutos já é possível ver pequenas larvas se locomovendo. Sendo assim não existe a possibilidade das larvas se criarem em galhos secos de árvores. É por esse motivo que o recolhimento deste tipo de material tem ficado para um segundo momento. A comunidade precisa ter este entendimento: a prioridade agora é eliminar criadouros do mosquito e, portanto, não é hora de fazer podas de árvores e jogar na rua.

 

Nos últimos 30 dias, aproximadamente 2.000 moradias, o que corresponde a quase metade dos imóveis da cidade, já receberam a visita dos agentes em ações específicas de combate ao mosquito. O trabalho, que atendeu os bairros São Francisco, Novo Portela, Renascer, Operário, Mutirão, Ipiranga, Fries, Ramayer, Rubino Marrone, Paludo, Novo Horizonte e parte do Centro, gradativamente chegará a toda a área urbana. O fumacê será feito novamente nos próximos dias.

 

Os gestores municipais garantem: o Poder Público é ciente de suas obrigações e está fazendo a sua parte. A questão não se trata da transferência de responsabilidades, muito pelo contrário. Mas, como já dito, a realidade é uma só, se a população, mesmo que seja uma minoria, não colaborar, a infestação do Aedes aegypti se prolongará e lamentavelmente os casos de dengue tendem a seguir aumentando.

 

Assessoria de Comunicação | Prefeitura de Tenente Portela

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